Entenda como funciona o processo de cremação
O processo de cremação é um dos mais antigos praticados pelo homem. Estima-se que ele tenha surgido em 1.000 a.C. na Grécia, quando a quela sociedade cremava os mortos e enviava as cinzas aos familiares do falecido. Já no Brasil, esse ritual foi trazido nos anos 70. A partir desse momento, a técnica se popularizou. Hoje, ela é utilizada em cerca de 5% dos brasileiros mortos.
Você já se perguntou como acontece o processo de cremação ou o que é preciso para fazê-lo? Neste artigo, a Santa Casa Card explica. Confira o conteúdo abaixo e entenda!
O que é cremação?
A cremação consiste em um método de redução do corpo falecido à cinza. O cadáver, geralmente, é incinerado junto ao caixão. Esse procedimento contribui com a redução da superlotação de cemitérios, bem como garante um menor impacto ambiental.
Conheça as 5 etapas do processo de cremação
1- Velório
Quando alguém morre, ocorre o velório se a família desejar, mesmo que seu destino seja a cremação. Dessa forma, a primeira etapa desse processo é essa cerimônia. Ela costuma servir para que parentes e amigos possam se despedir do falecido e prestar homenagens.
2- Verificação da existência de metais
Depois que o velório acontece, sem abrir o caixão, um profissional passa o detector de metais portátil na altura do peito do cadáver. Esse procedimento é essencial para certificar-se de que não há marcapasso no corpo do morto. Isso porque o aparelho, no incinerador, pode explodir devido à alta temperatura. Caso não realizassem essa etapa, poderia comprometer a segurança dos funcionários do crematório. Se for verificado um aparelho do tipo, o peito do cadáver será aberto para que o artefato seja retirado.
3- Armazenamento na câmara fria
Depois da cerimônia e verificação da existência de metal no corpo, o cadáver é direcionado à câmara fria. Nela, o morto permanece congelado a 4ºC até o momento da cremação efetiva. A espera pode ocorrer por conta da necessidade dos documentos, que ainda não foram expedidos. Também há a possibilidade de o falecido ficar na fila por conta da alta procura do crematório ou, porque ainda não se passaram 24h desde a hora do óbito. O tempo máximo que o corpo pode permanecer nesse estado é 30 dias.
4- Incineração
Após a etapa do congelamento, ocorre o processo de cremação efetivamente. O corpo é retirado da câmara fria e encaminhado ao incinerador. Nesse espaço, são colocados o corpo ainda dentro do caixão. Depois de posicionado, o conjunto é submetido ao calor de aproximadamente 1.200ºC. Esse procedimento pode durar de 1 hora e meia a 3 horas.
5- Colocação das cinzas na urna
Ao fim da incineração, o que sobra na câmara de cremação são as cinzas e restos de esqueleto do falecido. Os pedaços de ossos restantes são triturados e transformados em um pó fino e uniforme. Depois, esse resíduo é colocado em uma urna, que pode ser feita de diferentes materiais. As cinzas podem pesar entre 1 a 3 kg, dependendo das dimensões e características do corpo cremado.
Os restos colocados na urna podem ter diferentes fins. A depender da escolha da família, as cinzas podem ir ao mar, ser enterradas ou permanecer em um cinerário.
O que eu preciso para cremar meu ente falecido?
Agora, você já sabe como ocorre o processo de cremação em si. Mas, sabe como fazer para poder ter essa opção de despedida do falecido? Antes de iniciar o procedimento ou solicitar o serviço à funerária, você precisa cumprir alguns pré-requisitos. Primeiro, é preciso esperar pelo menos 24h após o óbito para cremar o corpo. Essa regra é implementada pela legislação brasileira.
Além disso, é preciso obter os documentos necessários. Em caso de morte natural, será preciso:
- autorização de cremação devidamente preenchida e assinada por um parente de grau direto e duas testemunhas;
- certidão de óbito do falecido;
- permissão emitida pelo médico legista;
- cópia do CPF e do RG do falecido;
- cópia da Certidão de Casamento ou de Nascimento do falecido.
Já em caso de morte violenta:
- atestado médico assinado por um médico legista;
- autorização judicial;
- laudo do IML;
- boletim de ocorrência;
- declaração de um delegado autorizando;
- cópia do RG, CPF, certidão de nascimento ou de casamento do falecido;
- cópia do RG e CPF do membro da família que autoriza o processo de cremação.
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